sábado, 8 de junho de 2013

Festa Junina II




Cristianização

Pode ser definida como ato de pegar algo mundano, fazer uns retoques e dizer: isso é de Deus.

"Passados esses dias, Isabel, sua mulher, concebeu e ocultou-se por cinco meses, dizendo: Assim me fez o Senhor, contemplando-me, para anular o meu opróbrio perante os homens." Lucas 1: 24-25.

No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré,  a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria." Lucas 1: 26-27.

"Naqueles dias, dispondo-se Maria, foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá, entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Ouvindo esta a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre; então, Isabel ficou possuída do Espírito Santo." Lucas 1: 39-41.

"Maria permaneceu cerca de três meses com Isabel e voltou para casa." Lucas 1: 56.

"A Isabel cumpriu-se o tempo de dar à luz, e teve um filho.  Ouviram os seus vizinhos e parentes que o Senhor usara de grande misericórdia para com ela e participaram do seu regozijo." Lucas 1: 57-58.

Dá para entender que Maria ficou na casa de Isabel até o nascimento de João Batista. Mas aqui nesse meio o catolicismo inventou uma história muito mentirosa a fim de cristianizar a festa junina pagã e inclusive a utilização da fogueira.

A história mentirosa conta que Maria voltou pra sua casa antes que João Batista nascesse. Mas que estava próximo do nascimento, então elas combinaram um sinal que quando João Batista nascesse Isabel ia acender um fogo, uma fogueia e que então João Batista teria nascido no dia 24 de junho.

Então a velha fogueira que era feita para adorar o sol, para o culto da fertilidade e para atrair os espíritos familiares, os espíritos dos mortos entrou na religião cristã disfarçada como se fosse para João Batista.
Fogueira de São João? Não. Apenas um disfarce.

O fogo é usado como elemento místico. É interessante notar como as pessoas ficam horas e horas ainda que no frio ao redor de uma fogueira, como que encantadas com o fogo ou seria com algum espírito que ainda continua a se apresentar ali naquele altar. Porque a fogueira nas suas origens é um altar a demônios.

Além do mais a distância entre a Galiléia e a Judéia é de cerca de 1.300 Km. Nunca uma fogueira poderia ser vista a tal distância.

O que João Batista diz de si mesmo.
"Respondeu João: O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada.  Vós mesmos sois testemunhas de que vos disse: eu não sou o Cristo, mas fui enviado como seu precursor.  O que tem a noiva é o noivo; o amigo do noivo que está presente e o ouve muito se regozija por causa da voz do noivo. Pois esta alegria já se cumpriu em mim.  Convém que ele cresça e que eu diminua." João 3: 27-30

"E pregava, dizendo: Após mim vem aquele que é mais poderoso do que eu, do qual não sou digno de, curvando-me, desatar-lhe as correias das sandálias.  Eu vos tenho batizado com água; ele, porém, vos batizará com o Espírito Santo." Marcos 1:7-8.

João Batista não quer nenhuma honra. Nenhum fogos, nenhum balão, nenhuma festa, nenhuma fogueira.

(O uso de fogos, as bombinhas seriam para acordar João Batista).
(Os balões seriam para levar pedidos de oração. E também significam oferenda aos céus).

Mastro

O mastro de São João e dos demais "santos" são fincados no solo simbolizando o desejo de fertilidade da terra, de boa colheita. O mastro vem de uma prática antiga que é o culto ao órgão viril, o culto da fertilidade é chamado de Obelisco. Ele está presente em vários locais do mundo.



Pedro

"Apegando-se ele a Pedro e a João, todo o povo correu atônito para junto deles no pórtico chamado de Salomão.  À vista disto, Pedro se dirigiu ao povo, dizendo: Israelitas, por que vos maravilhais disto ou por que fitais os olhos em nós como se pelo nosso próprio poder ou piedade o tivéssemos feito andar?" Atos 3: 11-12.

"Aconteceu que, indo Pedro a entrar, lhe saiu Cornélio ao encontro e, prostrando-se-lhe aos pés, o adorou.  Mas Pedro o levantou, dizendo: Ergue-te, que eu também sou homem." Atos 10: 25-26.

Pedro declara a glória ao Senhor, somente a Ele, porque Ele é digno.

Antônio
Morreu em 13 de junho de 1231.
Porque que o dia dos namorados é 12 de Junho? Porque dia 13 é dia do santo Antônio. No dia 12 as pessoas faziam pedidos e rezas ao Antônio para encontrar um namorado uma namorada. Mas o dia 13 é o dia da morte do Antônio e não o dia do nascimento como costuma ser o dia de alguém.
Até mesmo o fator do dia doze de junho é comprometido com o santo Antônio.

A história conta que quando ele era vivo ele ajudou três moças até financeiramente (havia o dote) a se casarem.

Depois que ele morreu então foi canonizado. Porque ele teve uma vida exemplar e algumas lendas sobre alguns milagres acontecidos.

Anos mais tarde uma outra moça estava fazendo suas rezas para uma imagem do Santo Antônio para encontrar um namorado, e o tempo passou e nada e ela um dia perdeu a paciência e jogou a imagem pela janela, nisso ia passando um rapaz e a imagem acertou a cabeça dele. Então a moça foi cuidar dele, e ele, coitado deve ter ficado meio bobo e se apaixonou pela moça e eles se casaram. Então a lenda do santo casamenteiro se espalhou.

Santo
"Ananias, porém, respondeu: Senhor, de muitos tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém;" Atos 9: 13.
"E aquele que sonda os corações sabe qual é a mente do Espírito, porque segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos." Romanos 8: 27.

"Mas, agora, estou de partida para Jerusalém, a serviço dos santos." Romanos 15: 25.

"compartilhai as necessidades dos santos; praticai a hospitalidade;" Romanos 12: 13.

A palavra santo que significa “separado”, e é aplicada perfeitamente aos servos de Deus, porém sem a conotação de perfeito, imaculado, com a auréola de luz na cabeça.



 Osvaldo Alves

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